SOMOS ESPÍRITOS IMORTAIS

SOMOS ESPÍRITOS IMORTAIS

segunda-feira, 11 de abril de 2011

AMOR (Talme Cravo)

                              
                                           essa música é uma Homenagem ao Danilo,
                                           filho amado,que faria aniversário no dia 20.
                                           Também é um presente aos amigos queridos
                                           da Ramatis e a filha Carol.
                                           A poesia é um pretexto para dizer que amo voces.
                                       
 
  A poesia é um refúgio para a alma.          


                           


                                     O meu amor não morre,
                    porque é amor – RESISTE!
                   O meu amor é rocha,
                   quando atacado – se firma.
                   O meu amor é fiel,
                   se traído – chora.
                   O meu amor é infinito,
                   por ser infindo – não se mede.
                   O meu amor, é amor,
                   coisa de Deus,
                   de homens sábios,
                   de mulheres doces,
                   de crianças mansas,
                   de velhos carentes,
                   dos indignados,
                   dos profundos e crentes.
                   É encantado,
                   É cantado,
                   É imenso,
                   É amor...
                   Sim...!!!!!




4 comentários:

  1. São tantas as faces, são tantas as fases. Somos lunares.


    São tantos os fluidos, os fluxos, as águas. Somos marés.


    São tantos os nomes, as palavras, as falas. Somos verbo.


    São tantos os mistérios, os silêncios, os abismos. Somos travessia.


    São tantos os portos, as casas, os colos. Somos chegada.


    São tantos os sonhos, os devaneios, as fantasias. Somos princesas.


    São tantos os abismos, as grutas, os labirintos. Somos segredo.


    São tantos os risos, os arroubos, os cânticos. Somos alegria.


    São tantas as cores, os brilhos, os calores. Somos solares.


    São tantos os desvarios, as insensatezes, as pirações. Somos loucura.


    São tantas as bênçãos, as graças, as orações. Somos benditas.


    São tantas as sementes, os frutos, os rebentos. Somos fecundas.


    São tantas as mudanças, as tensões, as alternâncias. Somos voláteis.


    São tantos os feitiços, as poções, as verrugas. Somos bruxas.


    São tantos os condões, os encantos, as magias. Somos fadas.


    São tantos os batimentos, os suspiros, as contrações. Somos ritmo.


    São tantos os espelhos, os cremes, as ginásticas. Somos vaidade.


    São tantos os desejos, os arquejos, os beijos. Somos fogo.


    São tantas as perguntas, os medos, os anseios. Somos inquietação.


    São tantas as vinganças, as artimanhas, as picuinhas. Somos terríveis.


    São tantas as viradas, as voltas por cima, os recomeços. Somos fênices.


    São tantas as intuições, as premonições, os sextos sentidos. Somos do além.


    São tantos os batons, as lingeries, os decotes. Somos fatais.


    São tantas as celulites, as rugas, as cicatrizes. Somos reais.


    São tantas as batalhas, as conquistas, as bandeiras. Somos luta.


    São tantas as brisas, as águas frescas, as relvas macias.Somos trégua.


    São tantas as histórias, as lembranças, os baús. Somos memória.


    São tantas as maçãs, as serpentes, os paraísos. Somos Eva.


    Somos o sal da Terra, a luz do mundo, somos coração. Somos parceiras na Criação, tecemos Eternidade perpetuando a espécie. Somos fortes, fomos eleitas. Mais que segurança queremos liberdade. Mais que amor queremos paz. Mais que final feliz queremos cumprir nossos destinos, realizar nossas vocações, escrever nossas histórias.


    Somos Mais, somos Múltiplas, somos Mães, somos Musas, somos Marias, somos Maravilhosas!


    Mulheres com M maiúsculo, M de Mulher.

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  2. Para quem não entendia o que é ser mulher minha amiga/irmã, Carminha explica tudo neste poema.
    Lindo Carminha, a poesia é realmente o refúgio da alma cansada.
    bjus eternos.
    Talme.

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  3. Amiga/irmã querida....
    O que postei é de Hilda Lucas....ela tem uns textos maravilhosos!
    É para que a gente se olhe no espelho e veja o quanto somos maravilhosas mesmo!
    E podemos ficar melhores, a cada vez que chegarmos mais perto dos braços de Nosso Pai Criador!
    te amo!

    Carmen

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  4. Lá vai minha filha quase voando no seu vestido etéreo.

    La vai minha filha do olho grande, da pele morena e do cheiro de feijão. A menina que estreou a mãe em mim. A menina que chegou trazendo todo um universo de novidades: emoções, medos, encantamentos, aprendizados. Crescemos juntas: eu aprendendo a ser mãe e ela aprendendo a ser ela mesma. Descobrimos duas palavras mágicas: ela me chamou mãe e eu a chamei filha. Palavras novas e tão viscerais que pacientes esperavam para se cumprir.

    Éramos duas sendo uma em muitos sentidos. Carne da minha carne, fruto do meu amor, sonho dos meus sonhos. Ela me expandia e eu a protegia. Ela me dava a mão e eu todos os sumos. Ela me dava a eternidade e eu lhe dava asas. Ela me alargava o coração e eu lhe ensinava a caminhar sozinha. Ela me cobria de beijos e eu a cobria de bênçãos. Ela me pedia colo e eu lhe pedia sorrisos. Ela me traduzia e eu a decifrava. Ela me ensinava e eu lhe descortinava o mundo. Ela me apontava o novo e eu lhe ensinava lições aprendidas no passado. Ela me falava de fadas e princesas e eu lhe falava de avós e gentes. Ela me emprestava seus olhos encantados e eu rezava por um mundo melhor. Ela me tirava o sono e eu cantava para ela dormir. Ela me alegrava a vida e eu vivia para ela.

    Quando um filho nasce começamos a nos despedir dele no mesmo instante. Nosso ele só é quando no ventre. Depois somos seus abrigos, seus condutores, seus provedores sem nunca esquecer que eles começam a ir embora no dia que nascem. No começo o tempo parece parar. A plenitude da maternidade e a dependência dos pequenos criam uma ilusão de que será assim para sempre. Mas não, eles crescem inexoravelmente em direção à independência. Cumpre-se o ciclo da vida e é melhor que seja assim, caso contrário, significa que algo de muito triste, inverso ou perverso aconteceu.

    Lá vai minha filha. Assim seja.

    Olho seus olhos enormes e profundos e vejo os mesmos olhos que ainda na sala de parto me olharam intrigados, solenes, como que me reconhecendo, me convocando. Eu disse sim à minha filha, imediatamente, a segui desde aquele instante, entregue, eleita. O amor que eu senti foi tão avassalador e instantâneo que eu cheguei a ter medo. Sim, na hora que nasce o primeiro filho, a gente compreende a fragilidade da vida, a fugacidade das coisas e a passa a ter medo de morrer. O fato dela precisar de mim me tornava única, imprescindível. Eu não podia falhar, eu não podia morrer, afinal foi ela quem me escolheu. A partir dali, tudo mudou, meu espaço, meu papel, minha relação com o mundo adquiriu outra dimensão: eu era sua mãe!

    Crescemos juntas. Somos amigas. Mãe e filha. Ao longo desses anos rimos, choramos, brigamos, resolvemos impasses, estreitamos laços, vencemos batalhas, enfrentamos noites escuras. Contamos uma com a outra, sempre. Às vezes era eu quem a socorria outras vezes era ela quem me amparava. Não foram poucas as vezes em que os papéis se inverteram e ela foi minha mãe. Às vezes me pergunto se eu dei a ela tanto quanto recebi. Sinceramente, acho que não. Desde o momento zero ela transformou minha vida e, num movimento contínuo, faz de mim uma pessoa melhor.

    Lá vai minha filha. Apaixonada e confiante. Ensaiando vôos, escolhendo caminhos, encerrando ciclos.

    Eu feliz, penso: cumpra-se!

    Hilda Lucas

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