SOMOS ESPÍRITOS IMORTAIS

SOMOS ESPÍRITOS IMORTAIS

sábado, 7 de maio de 2011

MÃE UM PRESENTE DE DEUS.



Uma criança pronta para nascer perguntou a Deus:

- Dizem-me que estarei sendo enviado à terra amanhã...

Como eu vou vier lá sendo assim pequeno e indefeso?

* Deus: Entre muitos anjos, Eu escolhi um especial para você.

Estará lhe esperando e tomará conta de você.

-Criança: Mas diga-me: aqui no Céu eu não faço nada a não ser cantar e sorrir, o que é suficiente para que eu seja feliz. Serei feliz lá?

* Deus: Seu anjo cantará e sorrirá para você e... A cada dia, a cada instante, você sentirá o amor do seu anjo e será feliz.


- Criança: Como poderei entender quando falarem comigo se eu não conheço a língua que as pessoas falam?

* Deus: Com muita paciência e carinho, seu anjo lhe ensinará a falar.


- Criança: E o que farei quando eu quiser Te falar?

* Deus: Seu anjo juntará suas mãos e lhe ensinará a rezar.


- Criança: Eu ouvi que na terra há homens maus.

Quem me protegerá?

* Deus: Seu anjo lhe defenderá mesmo que signifique

arriscar sua própria vida.

- Criança: Mas eu serei sempre triste porque eu não Te verei mais.

* Deus: Seu anjo sempre lhe falará sobre Mim e lhe ensinará a maneira de vir a Mim, e Eu estarei sempre dentro de você.

Nesse momento havia muita paz no Céu, mas as vozes

da terra já podiam ser ouvidas.

A criança, apressada, pediu suavemente:

- Oh Deus, se eu estiver a ponto de ir agora, diga-me

por favor, o nome do meu anjo.

* Deus: Você chamará seu anjo de MÃE.







Só muda de endereço

Texto de Hélio de La Peña.

Aparentemente o texto do Hélio de La Peña,  não tem nada a ver com o
contexto do nosso blog.
Engano, é uma mensagem linda de amor incondicional de mãe, na véspera
do dia DAS MÃES.
Como tudo que ele faz o texto tem humor, desejo um excelente dia das Mães
a todas Dona Ruth do nosso Brasil.
                         Esse foi o bem humorado recado que De La Peña deixou no twitter:  
    oi, mãe! olha só o texto que eu fiz em sua homenagem lá no blog da @brastemp. a gente se vê na fila da churrascaria! http://migre.me/4rWTx


                                                                           (Talme Cravo)


                          Toda mãe paga mico. Mas ela não tá nem aí. Principalmente se estiver pensando no melhor pro seu filho. Mãe que é mãe gosta de pegar na bochecha do seu rebento e mostrar pras amigas dizendo: “Mas não é uma gracinha?”. Esquece até que a tal “gracinha” já tem quarenta anos. E ele que não reclame, sabe que se não fosse ela, ele não existiria.


                     Como todas, minha mãe não poupou esforços pra me ver bem na vida. Fez o que estava ao seu alcance. Como era professora, sua preocupação era 100% com a minha educação. Estava nos primeiros anos do ensino básico (ia falar primário, mas podia denunciar minha idade – e a da minha mãe!) e ela já me obrigava a levar a sério os estudos. E o pior é que não era só eu, meus amigos também! Se alguém batesse lá em casa pra me chamar pra uma pelada, fazia o garoto entrar. Só depois que meu amigo resolvesse um problema ou fizesse pelo menos umas contas de somar e subtrair ela me liberava pra brincar. Em pouco tempo o pessoal da rua percebeu que era cilada tocar a campainha da minha porta. Tinha que fazer meus deveres de casa e sair pelo bairro procurando meus amigos.

          Hoje entendo sua atitude e a gratidão das mães dos meus colegas que passaram a tarde fazendo tarefas escolares. Mas na época só pensava na zoação que ia sofrer quando encontrasse a galera.

      Um outro caso ligado à minha educação virou folclore na minha biografia. Estudava numa escola pública quando passei para o ginásio (pronto, já descobriram que não tenho vinte e cinco anos!). O ensino no colégio estadual era um desastre, quase não tinha aula, o que eu achava ótimo. Desesperada, minha mãe procurou o Colégio de São Bento.

    O ano letivo já tinha começado, portanto não havia mais como ser matriculado. Entretanto, ela não desistiu. Marcou uma entrevista com o reitor, na época, Dom Lourenço. Explicou-lhe minha situação. Dom Lourenço abriu uma exceção e permitiu que eu fizesse um exame de admissão mesmo fora da época.

    Minha mãe agradeceu, mas ressaltou: “Olha, Dom Lourenço, somos uma família humilde, não temos condição de pagar um colégio tão caro.”

    “Se o seu filho for bem no exame, nós lhe damos uma bolsa de estudos” – respondeu ele.

      Minha mãe ficou aliviada. Vislumbrou a possibilidade de me colocar numa escola da elite. Mas, receosa e sem conhecer direito o lugar para onde estava me levando, acrescentou: “Obrigada, Dom Lourenço. Mas… nem sei como dizer isso. É que… é que…”.

     “Sim? Pode falar, minha senhora. Qual o problema?” – perguntou o reitor.

     “Bem, eu vou dizer. É que meu filho, ele… bem, o meu filho é negro.”

       Dom Lourenço olhou pra minha mãe e desabafou: “Bom, isso eu já imaginava, Dona Ruth…”. E assegurou que isso não seria problema algum.

      Esse fato mostra que minha mãe não tinha a noção exata da mudança que iria provocar na minha vida, mas tinha certeza de que era pro meu bem. Uma atitude inspirada que até hoje agradeço.

A INTOLERÂNCIA.

A intolerância é a semente da compaixão.
Colaboração: Carmen Sanchez.


A intolerância é a incapacidade de admitir outra maneira de ser, de pensar ou de agir.
A virtude da compaixão nada mais é do que a capacidade de aceitar e reconhecer o outro em sua maneira de ser, de pensar e de agir, conseguindo entender as dificuldades e deficiências alheias.

A imperfeição da intolerância é bem difícil de ser superada, pois a pessoa acredita que está fazendo o correto e acaba atraindo para perto de si, pessoas que dificilmente teriam compaixões para com ela.

A intolerância gera doenças no aparelho digestivo, nas mais diversas intensidades de manifestação sintomática, causando problemas de pele ou de visão, desde os mais comuns até os mais sérios ou de rigidez muscular.

É fundamental sermos tolerantes, principalmente com as crianças, e darmosimportância aos nossos relacionamentos com as crianças, que ainda podem transformar mais facilmente suas imperfeições em virtudes, pois a criança vive mais pelo essencial, ou seja, por aquilo que ela é, aspecto que passa a
ser dissimulado na vida adulta.

A conscientização de uma imperfeição no adulto pode representar uma vivência muito dolorida de culpa, pois vivemos em uma guerra de poder e de aspectos preconceituosos que representam esse poder.

Para o adulto, reconhecer-se imperfeito é um dos maiores sacrifícios da vida, pois tal reconhecimento significará uma fraqueza perante os outros, já com a criança, esse processo é muito mais fácil, rápido, e menos dolorido.

Uma virtude desenvolvida é um dom e, como todo dom verdadeiro, não existe maneira de perdê-lo.

Uma virtude realmente desenvolvida é aquela na qual se tem certeza absoluta do que se é, não cabendo dúvidas.

Podemos desenvolver aspectos de uma virtude, mas sem a certeza e convicção da verdade daquela virtude em si mesma, chegando a negá-la por sentimentos e pensamentos, atraindo então, aspectos físicos e espirituais da imperfeição ligada à virtude quase desenvolvida, portanto, importante é refletirmos e nos auto-analisarmos sempre, para não perdermos os frutos de nosso desenvolvimento, até aprendermos nossa lição!

Acreditar na perfeição máxima é um dever de cada ser humano, mas acreditar-se totalmente perfeito é um grande problema.

O perfeccionismo é uma imperfeição tão sutil e dissimulada, e seu maior perigo é que, antes de se manifestar externamente afetando outras pessoas, ele joga com a criatura contra si mesma, fazendo com que a pessoa cobre de si mesma, o impossível.

Ele gera muito sofrimento, pois a pessoa deixa de compreender os limites e as capacidades do ser relativo.

Precisamos nos reconhecer como seres imperfeitos, sabendo que as imperfeições são as sementes das virtudes e, portanto tão divina, uma quanto à outra. Busquemos então, perceber nossas imperfeições, visando desenvolver nossas virtudes, sem nos preocupar com que os outros estejam fazendo com as próprias imperfeições, pois o desenvolvimento espiritual, é um caminho aser percorrido individualmente, cada qual a seu próprio tempo.

                                    Luz e paz à todos, é o que desejo de coração!

                                                      *Por Maria da Lua*









Código Internacional de Doenças(CID),da Organização Mundial da Saúde (OMS) inclui influência dos Espíritos.

Medicina reconhece obsessão espiritual.
Dr. Sérgio Felipe de Oliveira
Colaboração por e mail.

                                   Ouvir vozes e ver espíritos não é motivo para tomar remédio de faixa preta pelo resto da vida... Até que enfim as mentes materialistas estão se abrindo para a Nova Era; para aqueles que queiram acordar, boa viagem, para os que preferem ainda não mudar de opinião, boa viagem também...

                                   Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade.

Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP:

A obsessão espiritual como doença_da_alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito. No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade:  mente, corpo e espírito.

Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral: biológico, psicológico e espiritual.

Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado_de_transe, que é um item do CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.

O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.

Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.

Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual..

Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.

O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.

Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, que coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade.

Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.

Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.

Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).

Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.

Texto de Osvaldo Shimoda

Colaboração de CEECAL - Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz.

Sérgio Felipe de Oliveira é um psiquiatra brasileiro, doutor em Neurociências, mestre em Ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e destacado pesquisador na área da Psicobiofísica. A sua pesquisa reúne conceitos de Psicologia, de Física, de Biologia e de Espiritismo.

Desenvolve estudos sobre a glândula pineal, estabelecendo relações com atividades psíquicas e recepção de sinais do mundo espiritual por meio de ondas eletromagnéticas. Realiza um trabalho junto à Associação Médico-Espírita de São Paulo AMESP e possui a clínica Pineal Mind, onde faz seus atendimentos e aplica suas pesquisas.

Segundo o mesmo, a pineal forma os cristais de apatite que, em indivíduos adultos, facilita a captura do campo magnético que chega e repele outros cristais. Esses cristais são apontados através de exames de tomografia em pacientes com facilidade no fenómeno da incorporação. Já em outros pacientes, em que os exames não apontam tais cristais, foi observado que o desdobramento fora facilmente apontado.

Segundo a revista Espiritismo & Ciência,[1] "o mistério não é recente. Há mais de dois mil anos, a glândula pineal é tida como a sede da alma. Para os praticantes da ioga, a pineal é o ajna chakra, ou o “terceiro olho”, que leva ao autoconhecimento. O filósofo e matemático francês René Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirma que “existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente”.

Sérgio Felipe de Oliveira tem feito palestras sobre o tema em várias universidades do Brasil e do exterior, inclusive na Universidade de Londres. Numa apresentação na Universidade de Caxias do Sul, o pesquisador afirmou ter recebido vários estímulos para estudar a glândula pineal quando ainda estava concentrado em pesquisas na área de física e matemática. Um desses estímulos foi uma visão em que lhe apareceu o professor Zerbini, renomado médico cardiologista e pioneiro dos transplantes de coração no Brasil. Zerbini, a quem Sérgio teria substituído em seus dois últimos compromissos acadêmicos, sugeriu a Sérgio insistentemente (durante a visão) que estudasse a glândula pineal, conforme o relato do pesquisador.



          

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O APÓLOGO - A AGULHA E A LINHA

Machado de Assis.

Há muitos e muitos anos, quando eu ainda era uma garotinha de primário,
li no meu livro de Portugês, de interpretação, um conto que me fascinou.
Recordei dele por anos, toda vez que "me dava mal".
Não lembrava jamais que era do ilustre Machado de Assis,pois meu
consciente guardou somente a lição.
Hoje, mais uma vez nesta minha jornada, lembrei o conto.
Pesquisei, encontrei e resolvi postar aqui.
Sei que os amigos entenderão a mensagem.
Boa leitura, aprendam a lição, porque eu até hoje não aprendi...
Talme Cravo.



Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:


— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?

— Deixe-me, senhora.

— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

— Mas você é orgulhosa.

— Decerto que sou.

— Mas por quê?

— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?

— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...

— Também os batedores vão adiante do imperador.

— Você é imperador?

— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...

                         Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:

— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...

A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.

Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:

— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:

— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

               Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

CICATRIZ - A Marca de Amor


Fonte: colaboração por e mail.

Um menino tinha uma cicatriz no rosto,
                       as pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado,
                      na realidade quando os colegas de seu colégio o viam franziam a testa devido
                      à cicatriz ser muito feia.
                                     Então a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que
                      aquele menino da cicatriz não freqüentasse mais o colégio,
                                       o professor levou o caso à diretoria do colégio.
                    A diretoria ouviu e chegou à seguinte conclusão:
                   Que não poderia tirar o menino do colégio,
                   e que conversaria com o menino e ele seria o ultimo a entrar em sala de aula,
                   e o primeiro a sair, desta forma nenhum aluno via o rosto do menino,
                                                a não ser que olhassem para trás.
                  O professor achou magnífica a idéia da diretoria, sabia que os alunos não olhariam
                                                 mais para trás.
                Levado ao conhecimento do menino da decisão,ele prontamente
                                              aceitou a imposição do colégio com uma condição:
                Que ele compareceria na frente dos alunos em sala de aula,
                                         para dizer o porquê daquela CICATRIZ.
                A turma concordou, e no dia o menino entrou em sala dirigiu-se a frente da sala
                                        de aula e começou a relatar:
                - Sabe turma eu entendo vocês, na realidade esta cicatriz é muito feia,
                                           mas foi assim que eu a adquiri:
                - Minha mãe era muito pobre e para ajudar na alimentação de casa
                                        minha mãe passava roupa para fora,
                                       eu tinha por volta de 7 a 8 anos de idade...
                                       A turma estava em silencio atenta a tudo .
              O menino continuou: além de mim, haviam mais 3 irmãozinhos, um de 4 anos,
                            outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida.
                                                         Silêncio total em sala.
              -... Foi aí que não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira
             começou a pegar fogo, minha mãe correu até o quarto em que estávamos pegou
             meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou
             para fora, havia muita fumaça, as paredes que eram de madeira, pegavam fogo e
                                                       estava muito quente...
             Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse-me para ficar com
                                                      eles até ela voltar,
             pois minha mãe tinha que voltar para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro
                                                     da casa em chama.
            Só que quando minha mãe tentou entrar na casa em chamas as pessoas que estavam
                      ali, não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha, eu via minha mãe gritar:
             - " Minha filhinha está lá dentro!"
                          Vi no rosto de minha mãe o desespero, o horror e ela gritava,
                      mas aquelas pessoas não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha...
                                                             Foi aí que decidi.
              Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do
                  meu irmãozinho de 4 anos e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar.
             Saí de entre as pessoas, sem ser notado e quando perceberam eu já tinha entrado
                                                                  na casa.
             Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha.
             Eu sabia o quarto em que ela estava.
            Quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito...
            Neste momento vi caindo alguma coisa, então me joguei em cima dela para protegê-la,
                              e aquela coisa quente encostou-se em meu rosto...
           A turma estava quieta atenta ao menino e envergonhada então o menino continuou:
          Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda
                       e todo dia quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha me beija
                                            porque sabe que é marca de AMOR.
            Vários alunos choravam, sem saberem o que dizerem ou fazerem,
            mas o menino foi para o fundo da classe e imovelmente sentou-se.

                                           Para você que leu esta história,

                   queria dizer que o mundo está cheio de CICATRIZ.

                 Não falo da CICATRIZ visível mas das cicatrizes que não se vêem,

               estamos sempre prontos a abrir cicatrizes nas pessoas,

                                 seja com palavras ou nossas ações.
                Há aproximadamente 2000 anos JESUS CRISTO,

           adquiriu algumas CICATRIZES em suas mãos, seus pés e sua cabeça.

                               Essas cicatrizes eram nossas,

                              mas Ele, pulou em cima da gente,

              protegeu-nos e ficou com todas as nossas CICATRIZES..

                              Essas também são marcas de AMOR.

                                              Jesus te ama,
                                   não por quem você é,
                                 mas sim pelo que você é,
                   e para Jesus você é a pessoa mais importante deste mundo.
                                        Nunca se esqueça disso!

                                          Deus está no controle











quarta-feira, 4 de maio de 2011

A lição do bambu chinês

 Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada, por
                          Aproximadamente 5 anos exceto lento desabrochar de um diminuto broto, a
                                                                            partir do bulbo.
                          Durante 5 anos , todo o crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu,
                                                                             Mas...
                          Uma maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente
                                                           pela terra está sendo construída.
                          Então, no final do 5º ano, o bambu chinês, cresce até atingir a altura de 25 metros.
                                          Muitas coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês.
                          Você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento,
                                                     e, às vezes não vê nada por semanas, meses, ou anos.
                          Mas se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo,
                                                    o seu 5º ano chegará,
                                  e, com ele, virão um crescimento e mudanças que você jamais esperava...
                        O bambu chinês nos ensina que não devemos facilmente desistir de nossos projetos,
                                                                       de nossos sonhos..
                        Em nosso trabalho, especialmente, que é um projeto fabuloso que envolve mudanças...
                                        De comportamento, de pensamento, de cultura e de sensibilização.
                                        Para ações devemos sempre lembrar do bambu chinês,
                                 para não desistirmos facilmente diante das dificuldades que surgirão.
                                                              Tenha sempre três hábitos:
                         Persistência, paciência e fé, porque todos merecem alcançar os seus sonhos!!!
                             É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita
                                                       Flexibilidade para se curvar até o chão.

domingo, 1 de maio de 2011

PRA QUE SERVE UMA RELAÇÃO?

(Dr.Drauzio Varela)


Definição mais simples e exata sobre o sentido de mantermos uma relação?


                        "Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil"
                  Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom, e merece ser desenvolvido.        
Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade,
para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas,
 para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça.
Todos fadados à frustração.
Uma armadilha.
Uma relação tem que servir paravocê se sentir 100%
à vontade com outra pessoa,
à vontade para concordar com ela e discordar dela,
 para ter sexo sem não-me-toques ou
para cair no sono logo após o jantar, pregado.
Uma relação tem que servir para você ter com quem ir
ao cinema de mãos dadas,
para ter alguém que instale o som novo,
enquanto você prepara uma omelete,
para ter alguém com quem viajar para um país distante,
 para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.
Uma relação tem que servir para,às vezes, estimular você
a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é,
de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.
Uma relação tem que servir para
um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações,
para ensinar a confiar,
a respeitar as diferenças que há entre as pessoas,
e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa,
principalmente em casa.
Uma relação tem que servir para
cobrir as despesas um do outro num momento de aperto,
 e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia,
 e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.
Um acompanhar o outro no médico,
 para um perdoar as fraquezas do outro,
para um abrir a garrafa de vinho e
para o outro abrir o jogo, e
para os dois abrirem-se para o mundo,
cientes de que o mundo
não se resume aos dois.