SOMOS ESPÍRITOS IMORTAIS

SOMOS ESPÍRITOS IMORTAIS

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pequena Parcela - Chico Xavier

Chico Xavier


Que eu continue a acreditar no outro

mesmo sabendo de alguns valores

tão estranhos que permeiam o mundo!


Que eu continue otimista...

mesmo sabendo que o futuro que nos espera

nem sempre é tão alegre!


Que eu continue com a vontade de viver

mesmo sabendo que a vida é em muitos

momentos, uma lição difícil de ser aprendida!


Que eu permaneça com a vontade de ter grandes amigos,

mesmo sabendo que com as voltas do mundo,

eles vão indo embora de nossas vidas!



Que eu realimente sempre a vontade de ajudar

as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas

são incapazes de ver, sentir, entender ou utilizar esta ajuda!



Que eu mantenha meu equilíbrio, mesmo


sabendo que os desafios são inúmeros ao longo do caminho!



Que eu exteriorize a vontade de amar,

entendendo que amar não é sentimento de posse...

É sentimento de doação!



Que eu sustente a luz e o brilho no olhar,

mesmo sabendo que muitas coisas que

vejo no mundo, escurecem meus olhos!



Que eu retroalimente minha garra,

mesmo sabendo que a derrota e a perda

são ingredientes tão fortes quanto o Sucesso e a Alegria!



Que eu atenda sempre mais a minha intuição,

que sinaliza o que de mais autêntico possuo!



Que eu pratique sempre mais o sentimento

de justiça, mesmo em meio à turbulência dos interesses!


Que eu não perca o meu forte abraço e o distribua

sempre; que eu perpetue a Beleza e o Brilho

de ver, mesmo sabendo que as lágrimas

também brotam dos meus olhos!


E que eu manifeste o amor por minha família,

mesmo sabendo que ela muitas vezes

me exige muito para manter sua harmonia!


Que eu acalente a vontade de ser grande,

mesmo sabendo que minha parcela

de contribuição no mundo é pequena!


E, acima de tudo...

Que eu lembre sempre que todos nós fazemos

parte desta maravilhosa teia chamada Vida,

criada por Alguém bem superior a todos nós!



E que as grandes mudanças não ocorrem

por grandes feitos de alguns

e, sim, nas pequenas parcelas cotidianas de todos nós!













terça-feira, 20 de setembro de 2011

ATIRE A PRIMEIRA FLOR


"Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a tentar


o primeiro passo certo.



Se tudo parecer escuro, se nada puder ser visto,

acenda você a primeira luz.

Traga para a treva, você primeiro, a pequena lâmpada.



Quando todos estiverem chorando, tente você o primeiro sorriso.

Talvez não na forma de lábios sorridentes,

mas na de um coração que

compreenda, de braços que confortem.

Se a vida inteira for um imenso não, não pare você na busca

do primeiro sim, ao qual tudo de positivo deverá seguir-se.



Quando ninguém souber coisa alguma, e você souber um pouquinho,

seja o primeiro a ensinar, começando por aprender

você mesmo, corrigindo-se a si próprio.



Quando alguém estiver angustiado à procura de algo,

consulte bem o que se passa,

talvez seja em busca de você mesmo que este seu irmão esteja.



Daí, portanto, você deve ser o primeiro a aparecer,

o primeiro a mostrar-se,

pois você pode ser o único e, mais sério ainda, talvez o último.



Quando a terra estiver seca, que sua mão seja a primeira a regá-la.

Quando a flor se sufocar na urze e no espinho,

que sua mão seja a primeira a separar o joio,

a arrancar a praga, a afagar a pétala, a acariciar a flor.



Se a porta estiver fechada, de você venha a primeira chave.



Se o vento sopra frio, que o calor de sua lareira seja

a primeira proteção e o primeiro abrigo.



Se o pão for apenas massa e não estiver cozido,

seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento.



Não atire a primeira pedra em quem erra.



De acusadores o mundo está cheio; nem, por outro lado,

aplauda o erro; dentro em pouco, a ovação será ensurdecedora.



Ofereça sua mão primeiro para levantar quem caiu,



sua atenção primeiro para aquele que foi esquecido.



Seja você o primeiro para aquele que não tem ninguém.



Quando tudo for espinho, atire a primeira flor e



seja o primeiro a mostrar que há caminho de volta,



compreendendo que o perdão regenera,

que a compreensão edifica, que o auxílio possibilita,



que o entendimento reconstrói.



Atire você, quando tudo for pedra,



a primeira e decisiva flor."

                                                                            Glácia Daibert







Este texto reflete a realidade daquilo que acontece com muita frequência em nossa vida. Quantas pessoas julgam os outros sem, muitas vezes saberem até, o porquê de tal julgamento. Tornam-se "maria-vai-com-as-outras", pelo simples prazer de fazer de um assunto qualquer, uma grande fofoca. E é aí, neste momento, que o ser humano perde a grande oportunidade de calar e, calando, dar ao seu irmão a chance de não ser apedrejado por quem não conhece suas razões de ter agido da maneira como agiu.



Quem de nós pode julgar seu irmão, se juntos estamos na busca do aperfeiçoamento moral e espiritual e junto labutamos na jornada terrena, muitas vezes, tropeçando, caindo, levantando e continuando a longa caminhada que nos levará até o final de nossos dias, quando então, estaremos prontos para partir levando na bagagem de nossa alma, aquilo que aprendemos e colhemos e, também, o que fizemos ou deixamos de fazer.



Na escola da vida, somos como sementes que Deus atira ao solo, no plantio. Germinar, crescer e dar bons frutos depende apenas de nós. Cada um é responsável pelos seus atos e por suas palavras. Jamais alguém poderá fazer a nossa parte. Estamos todos envolvidos neste maravilhoso processo de evolução.



O mundo precisa urgentemente compreender que é necessário existir mais amor entre as pessoas. Só o amor é o elemento essencial para o crescimento e a prosperidade de um povo. Por que tanto ódio, tantas discórdias, tantas revoltas, tantas guerras entre irmãos? Se pudéssemos ver os olhos de Deus neste momento, veríamos olhos cheios de lágrimas, por ver seus queridos filhos em uma luta insana e sem propósito.



Quantos e quantos seres ainda terão que retornar à matéria, para reedificar suas histórias e tentar reverter o quadro que aqui deixaram, antes de seu desencarne. Alguns, creio eu, talvez nem voltem durante um grande espaço de tempo, ficando seus espíritos, a vagar nas sombras do umbral às voltas com seus desafetos.



Ensina-nos a Doutrina Espírita, que é possível voltar deste terrível lugar, se verdadeiramente nos arrependermos do mal que praticamos, pois nosso Pai de amor sempre nos dá uma chance. E mais, Sua eterna bondade nos beneficia com o parcelamento de nossas dívidas, isto é, se os erros são grandes ou muitos, podemos voltar para o devido resgate tantas vezes quantas se fizerem necessárias para que, aos poucos, possamos nos redimir de nossas culpas.



Portanto, desde que o ser humano compreenda a razão de aqui estar e qual a tarefa a ser cumprida, realizando-a com amor, com gratidão a seu Criador, levando a harmonia e a paz onde quer que esteja, amando ao próximo como a si mesmo, estará fazendo a sua parte como protagonista da história da humanidade.



Viemos para amar. E, o amor que distribuímos aos nossos semelhantes deve ser isento de qualquer interesse. Viemos para dar e receber carinho, esperança, luz, entendimento, bondade, enfim, todas as virtudes que se espera que as pessoas cultivem e distribuam entre seus irmãos.



Que, em qualquer situação onde haja a intenção de atirar pedras em quem quer que seja, atiremos flores, ou melhor, que sejamos nós a atirar a primeira flor.





Que assim seja!












..

.