Nosso Mestre nos deixou um ensinamento em relação às ações coletivas: "Onde quer que haja dois ou mais reunidos, em Meu Nome, aí estarei entre eles."
Note-se que Jesus destaca "reunidos em Seu Nome" para merecermos a Sua Assistência. É claro que não é Ele mesmo que comparece, mas permite que Seus Mensageiros, os Espíritos Bondosos que trabalham sob suas ordens, possam se aproximar de nós, garantindo a proteção espiritual necessária.
Essa orientação de Jesus se aplica não somente a pequenos grupos; ao dizer "dois ou mais" podemos compreender que a atitude de rogar a proteção divina pode ser realizada pelos componentes de todo um povo, de toda uma nação, uma aldeia, uma família...
Infelizmente, se poucos se reúnem rogando a proteção espiritual para suas tarefas, é grande o número dos que se reúnem para planejar crimes, promover a desordem, incentivar a prostituição e a libertinagem, traficar entorpecentes e bebidas alcoólicas, etc...
Também é imenso o número dos que se reúnem em festas cuja temática principal é o consumo de drogas e álcool, a prática sexual irresponsável, a exploração da sensualidade, embalados ao som de músicas estridentes, que auxiliam no entorpecimento da razão...
Essas são as características das festas do Carnaval, uma espécie de loucura coletiva, à qual as pessoas se entregam com a desculpa de que é preciso "aliviar as tensões" acumuladas ao longo do ano.
O Espiritismo não estimula, de forma nenhuma, a participação no Carnaval. Considerando os pontos negativos que tais festas costumam trazer e considerando o clima de liberdade na qual a Doutrina Espírita se fundamenta, não se trata de perder tempo discutindo se é certo ou errado participar do Carnaval.
Cada um tem a sua liberdade de escolha. Porém, é importante sabermos o que acontece no plano espiritual durante essas festas...
Se uma multidão de foliões sai nas ruas acompanhando as músicas e danças, igualmente uma multidão de foliões desencarnados, possivelmente em número muito maior, acompanha os encarnados, em busca das mesmas sensações: a euforia, a embriagues, o deboche, a libido...
Certamente essa comunhão entre os foliões encarnados e os desencarnados deve apresentar quadros muito tristes...
Sabendo que nessa época do ano tais festividades irão acontecer, grupos de espíritos inferiores, que ainda se nutrem de tais sensações, invadem a atmosfera espiritual de nosso país...
Após o término das festas, vão em busca de outras paragens, onde possam continuar a satisfazer suas necessidades animalizadas...
O resultado de tais influências não aparece de imediato. Ao longo do ano, quantos processos obsessivos se manifestam, quantos vícios se instalam, quantos dramas e tragédias, consequências da ação desses grupos de espíritos de categoria tão inferior...
Os Amigos Espirituais nos avisam de que muitas vezes são necessários séculos para recuperar as consequências de um minuto de loucura em nossa vida...
Nos tempos do império romano, os duelos nos circos entre gladiadores e, mais tarde, os cristãos devorados por leões, eram espetáculos sangrentos aos quais o povo assistia, sedento de sangue e emoções fortes...
Tudo isso passou....
Esperamos, pelo bem da espiritualidade sobre a Terra, que um dia, festas como a do Carnaval e tantas outras, tão comuns na atualidade, possam, definitivamente, fazer parte de um passado distante...