SOMOS ESPÍRITOS IMORTAIS

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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Amor à distância e almas afins.

Horizontes da Mente, Miramez, João Nunes Maia

                                              (7.ª edição, 1992, Editora Espírita Cristã Fonte Viva, Brasil, p.161)

O amor é a maior virtude. Ele se manifesta por vários métodos, veste roupas inimagináveis, pelo fato de ser amor e se dividir em todas as direções para ser útil a todas as criaturas.


Ele é qual as ondas hertzianas, que vibram como microondas medias e longas. Ele ainda é muito mais, porquanto invade todas as frequências e auxilia em todas as distâncias, da mínima à máxima, levando a mensagem de esperança, de alegria, de caridade e da existência de Deus.

João Evangelista afirma que Deus é amor. Na verdade, vos dizemos que o Senhor é muito mais que o amor, por ser esta uma lei feita por ele, conquanto seja uma virtude que coroa os anjos, que aureola os santos e que liberta os místicos. Ela é a maior dentre as grandes virtudes no reino evangélico.

Amar é algo divino, que pode acontecer na Terra. Podemos sentir o amor da força eletrostática na grande mecânica do universo, na harmonia das coisas em se reunirem por afinidades, até os grupos de almas puras, que se congregam por amor.

Aqui, vamos falar mais acentuadamente do amor a distância, espíritos que se simpatizam, pela lei das afinidades, e que determinada distância separa. Todavia, para a permuta de energias divinas, não há barreiras. As sequências de forças se cruzam na mais alta vitalidade. Desde quando se ama verdadeiramente, o poder de transmitir os sentimentos através de vibrações é faculdade inerente a todos os seres que atingiram a razão. O pensamento é veículo poderoso, cujo poder, pelo amor, ultrapassa em muitos casos a ciência e a filosofia, colocando os dois seres que se amam frente a frente, em qualquer distância cósmica. E ainda mais: as almas, atingindo um certo grau de conhecimento, poderão ver-se mutuamente, desabrochando o dom do coração: Amor com A maiúsculo. É o amor que confia, que alegra, que não se apega em demasia, que não entristece, que trabalha, que fraterniza.

Já dissemos que existem muitos tipos de amor no mundo, dos quais o mais frequente é o amor associado ao ciúme, é o amor paralelo ao egoísmo. É esse o amor que não confia, enlouquecedor. Trabalhemos, pois, para que esse estado de alma se modifique. E é bom que convidemos Cristo para nos ajudar, na purificação dos sentimentos, transmutando as nossas qualidades nascentes em dignidade fecunda. Esse trabalho é feito na lavoura da mente. O policiamento das idéias deverá se dar com urgência, modificando os impulsos do fluxo nervoso condicionados que, há tempos imemoriais, nos fazem pensar (reagir) automaticamente, caso em que se precisa de uma intervenção dinâmica da vontade e do raciocínio, para que a mente se liberte dos condicionamentos, entregando-se à verdade, libertando-se e iluminando-se com os preceitos evangélicos que encontramos em todas as religiões e altas filosofias do mundo inteiro.

Amar é ato sagrado, principalmente entre as criaturas que já atingiram ponto elevado do ambiente da felicidade. Quando o amor não duvida, ele cura, alegra, conforta, faz todas as virtudes brilharem por todos os roteiros, permanentemente.



Se porventura, a vida separou alguém de vós, por motivo que desconheceis, não entristeçais. Deus é muito mais sábio do que julgais. E, se amais verdadeiramente esse alguém, ele está em vosso coração, pois os recursos para tal podeis desenvolver, e as distâncias não existirão mais. Se por acaso sofreis a estranha doença da melancolia, com saudades profundas de alguém que não conheceis no presente, não desdenheis a vida por esse fato. Essa alma existe em algum lugar e também sofre, com certeza, as mesmas consequências. Sede inteligentes: apurai os sentimentos, desdobrai a tolerância e aumentai a fé em Deus, que o encontro há de se dar por sintonia, pois, na matemática divina, a equação é...AMOR.

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